sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Momento ‘reflexão profunda’


José Sarney disse que tem a consciência limpa.

Edir Macedo disse que dorme tranqüilo, pois tem a consciência limpa.

A Rede Globo afirmou, em nota, ter plena tranqüilidade e, certeza do dever cumprido, estando tranqüilos quanto a própria consciência em relação ao seu papel de veículo de informação isento.

Dado Dolabella disse ter a consciência limpa em relação à sua vida e a participação dele na ‘Fazenda’.

É hora de rever meus conceitos.

Alessandro Paiva

De velhos e seus respectivos sacos...


Pouco tempo atrás, ao passar pela esquina aqui perto, levando o meu cachorro para o seu passeio noturno, deparei-me com uma cena engraçada: um moleque desgarrou-se da mãe e corria atrás da gente, aos insistentes brados de ‘cachorrinho’, cachorrinho’...
Não houve dúvidas a respeito de a quem o garoto estava se referindo, afinal, com quase 1,80 de altura e modestos 80 e tantos quilos, nada tenho de ‘inho’.
Mas até aí o nobre leitor pode estar se perguntando o que há de inusitado nisso.
Respondo: o inusitado veio depois, quando a referida mãe de quem ele havia fugido gritou: ‘volte, senão eu chamo os ‘doido’ pra lhe pegar’.
Pra minha surpresa o moleque volta, em desabalada carreira para junto do seio materno.
Bateu-me então uma nostalgia danada...
Do tempo em que doidos assustavam, já que hoje cada um que quer ser a própria personificação do ‘doidão’.
Tempos do velho do saco, figura que assustava garotinhos e garotinhas no Brasil inteiro, assustando-me também em épocas remotas.
Hoje o velho sou eu e, além disso, poças são as menininhas que se assustam com um saco...
Onde terá ido parar toda essa inocência?!
Não sei
Só posso dizer que os dias de hoje e as ‘crianças’ de hoje, assustam-me muito mais que qualquer velho e seu respectivo saco.

Alessandro Paiva.

Canção à menina dourada


Tempo veloz,
Avelã dourada
Que da árvore se deixa cair

Lá se vai o brilho dos dias
Como a asa ligeira da ave
Distante
E ainda assim
Tão próxima.

Como brilhas
Suave e doce
Feito o sol da manhã

Todos os dias
Ao pôr do sol
Ensinas então
Menina/doce/avelã
Ensina o teu brilho
Ao céu
Para que as estrelas possam assim
Refletir em si teu encanto.

(Alessandro Paiva – 16/08/09 – 20h37m)

Pseudo-Blues


Tudo que eu queria
um dia era Rosa
outro dia era Maria

Tudo que eu queria...

Um Blues choroso
um samba também servia

O cigarro, o álcool,
a dor que eu nem sentia

tudo que eu queria
uma moça de família,
uma dama ou vadia

Mas a vida é tão diversa
em meu diverso dia a dia

um dia sem Rosa
outro sem Maria

Não era isso que eu queria.

Alessandro Paiva