domingo, 13 de setembro de 2009
Resgatando...
Alguns dos meus textos antigos.
Monólogo... (de liberdade e afins)
O que sou na realidade senão um tolo?
um parvo... apenas uma sombra, que em alguns momentos se permite ilusões de grandeza...
Vivo, mas até aí, tantos outros fazem o mesmo, que nem chega a ser algo tão empolgante assim. Perdido entre álcool e drogas, lícitas ou ilícitas, mas ainda assim drogas... buscando uma leve ilusão... mas não aquela ilusão de liberdade tão almejada por alguns, não essa ilusão...
Não me apetece certa liberdade...
Às vezes determinado tipo de liberdade tem um gosto tão amargo que eu bem queria não ter que prová-la.
Ser sozinho, estar sozinho no meio de uma multidão não me agrada tanto. Fazer planos no turbilhão dessa vidinha um tanto quanto inútil é sim uma realidade agradável... mas os planos se tornam mais sutis e mais doces quando compartilhados, sem que pra isso se abra mão de qualquer tipo de individualidade...
Rejeito essa liberdade de ser só... rejeito não amar, não compartilhar, rejeito estar longe do que eu gosto...
Mas o medo existe. A liberdade é uma fuga desse nosso medo cotidiano.
Sou um parvo.
Sei que o sou e isso me dói.
Não queria ser assim. Queria sentir menos.
Talvez ser mais livre, se isso significasse se machucar menos.
Queria não ser tolo, não ser romântico, queria simplesmente não ser...
Mas é tao difícil essa liberdade para nós, os parvos... os tolos que não aprenderam a ser livres.
Alessandro
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